sábado, 12 de maio de 2012

Os homens também se querem bonitos


Ou, pelo menos, trajados de acordo com a imagem que têm de si mesmos. É o que acontece com estes nobres de ambos os sexos, representados no Livro de Horas do Duque de Berry, em que quase podemos sentir a sumptuosidade dos tecidos vestidos pelas personagens: veludos ricos, sedas importadas, a peso de (muito) ouro, da longínqua China. Preparava-se já a alegria de viver e de descobrir do Renascimento europeu, como demonstram estas cores risonhas como uma noite entre jograis.
Esta obra, mundialmente famosa, contém, como todos os livros de horas, orações a serem ditas a cada hora canónica do dia. Foi encomendado por João, Duque de Berry, cerca de 1410. Tão ricas e meticulosas são as iluminuras que exigiram quase um século de dedicação, assumida por artistas como Barthélemy van Eyck, Jean Colombe e ainda os Irmãos Limbourg. Atualmente, o Livro está depositado no Castelo de Chantilly, em França.

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